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sábado, 27 de fevereiro de 2010

What's going on?

Enquanto o mundo assiste ao vivo o Tsunami no Hawaii e enquanto vemos tantas coisas acontecendo pelo mundo, vem a pergunta: Pra onde estamos indo?
Com nossas bobagens, ganancias, vãos desejos...
Será se realmente não é importante que façamos a vontade de Deus?
Você ainda acha que é exagero servir a Jesus?
E depois que você compra, compra, e compra... O que acontece?
Você realmente continua feliz?
Será se existe alegria vinda deste mundo?

Podemos ficar alegre momentaneamente! Alegria que não acaba, só com Jesus!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Mais uma sobre Alice in Wonderland...



Era uma vez uma menina sonhadora...
Que queria apenas ter um mundo onde ela pudesse escolher o que fazer...
Onde ela pudesse sonhar e
acontecer...
Ele teria figuras, não seria chato.
Não a faria dormir!

Wonderland!

A pouco não se ouvia tanto falar de Alice, mas a mídia mais uma vez a coloca em grande fama.
Por que eu gosto da Alice?
Por sua inocente vontade de ir além! Pela sua curiosidade, que a fez ir a um mundo desconhecido, mesmo depois se arrependendo. Com quem será que ela parece?
...
...
...
...
É... Modinhas à parte, Ela me faz viajar para um sonho não tão longe de ser realizado. Ela me faz achar também que ainda existem pessoas simples, que sonham com algo que o dinheiro não pode comprar.
Pessoas que gostam de ser FELIZES mesmo quando não dá pra ser. Mesmo quando as circunstancias vividas tentam te jogar pra outro lado.

Alice, comgumelos, coelhos atrasados, gatos loucos...
Eu sou louca, você é louc@.
Se não, não teria vindo pra cá!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010



"Na minha opinião, o melhor que pode fazer é encontrar uma pessoa que a ame exatamente do jeito que você é; bem humorada, mal humorada, feia, bonita, atraente, seja o que for... A pessoa certa vai achar que o sol irradia dos seus olhos. Com essa pessoa vale a pena você ficar."
(Do filme Juno)





Anyone Else But You

Outra Pessoa a Não Ser Você



You're a part time lover and a full time friendVocê é amante em parte do tempo e amigo em tempo integral.
The monkey on your back is the latest trend O peso nas suas costas é a última moda.
I don't see what anyone can see in anyone else Eu não vejo o que os outros conseguem ver em outra pessoa
But you A não ser em você.


I kiss you on the brain in the shadow of a trainEu beijo sua cabeça na sombra de um trem
I kiss you all starry eyed, my body's swinging from side to side Eu te beijo com o olhar brilhante, meu corpo está balançando de um lado para o outro.
I don't see what anyone can see, in anyone else Eu não vejo o que os outros conseguem ver em outra pessoa
But you A não ser em você.


Here is the church and here is the steepleAqui está à igreja e aqui está o campanário.
We sure are cute for two ugly people Nós somos bem "fofos" para duas pessoas feias.
I don't see what anyone can see in anyone else Eu não vejo o que os outros conseguem ver em outra pessoa
But you A não ser em você.


The pebbles forgive me, the trees forgive meAs pedras me perdoam, as árvores me perdoam
So why can't you forgive me? Então porque você não pode me perdoar?
I don't see what anyone can see in anyone else Eu não vejo o que os outros conseguem ver em outra pessoa
But you A não ser em você.


I will find my nitch in your carEu vou achar meu ?negócio? no seu carro
With my mp3 dvd rumple-packed guitar Com meu MP3 DVD acoplados no violão
I don't see what anyone can see in anyone else Eu não vejo o que os outros conseguem ver em outra pessoa
But you A não ser em você.


Du du du du du du duduDu du du du du du dudu
Du du du du du du dudu Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu du Du du du du du du dudu du


Up up down down left right left right b a startCima cima baixo baixo esquerda direita esquerda direita B, A start
Just because we use cheats doesn't mean we're not smart Só porque nós usamos códigos não quer dizer que não somos espertos
I don't see what anyone can see in anyone else Eu não vejo o que os outros conseguem ver em outra pessoa
But you A não ser em você.


You are always trying to keep it realVocê sempre está tentando tornar real
I'm in love with how you feel Eu estou apaixonado pela maneira como você se sente
I don't see what anyone can see in anyone else Eu não vejo o que os outros conseguem ver em outra pessoa
But you A não ser em você.


We both have shiny happy fits of rageNós dois temos felizes e brilhantes crises de raiva
You want more fans, i want more stage Você quer mais fãs, eu quero mais palco
I don't see what anyone can see in anyone else Eu não vejo o que os outros conseguem ver em outra pessoa
But you A não ser em você.


Don Quixote was a steel driving manDom Quixote era um condutor durão
My name is Adam I'm your biggest fan Meu nome é Adam e eu sou seu maior fã
I don't see what anyone can see in anyone else Eu não vejo o que os outros conseguem ver em outra pessoa
But you A não ser em você.


Squinched up your face and did a danceLevanto sua cabeça e faço uma dança
You shook a little turd out of the bottom of your pants Você tira uma sujeira da parte de baixo da sua calça
I don't see what anyone can see in anyone else Eu não vejo o que os outros conseguem ver em outra pessoa
But you A não ser em você.


Du du du du du du duduDu du du du du du dudu
Du du du du du du dudu Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu du Du du du du du du dudu du.
But you A não ser você.


sábado, 20 de fevereiro de 2010


Se fosse por mim, eu ficava mas vê como tudo lá fora mudou...

Sobre o fácil e o difícil!

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e reflectir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente eléctrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é segui-las.
Ter a noção exacta de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefónica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho. Eterno, é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.


Carlos Drummond de Andrade

É da tua mão que preciso agora...


É da tua mão que eu preciso agora. Há momentos, sabes, que me sinto tão cansado, todos estes dias cheios de palavras que me fogem. Então penso em ti: Joana. Penso: vou contar-te uma coisa. Há pouco tempo morreu a filha de um amigo meu, homem generoso e bom, melhor do que alguma vez fui. Um cemitério é um lugar horrível e a dor dele doía-me. Depois de tudo acabar voltei para o automóvel. Eram muitos passos nas veredas a voltarem para os automóveis. O caixãozinho branco. Aquelas árvores que tu conheces de quando a gente há dois anos. Despedi-me das pessoas um pouco ao acaso, sem sentir os dedos que apertava: têm tantos dedos as pessoas. Nem me lembro já porquê abri a mala do carro. Estavam lá dentro coisas tuas de Espanha: batas, papéis, as inutilidades confusas que estás sempre a juntar. Peguei numa das tuas batas, abracei-a. E desatei num choro de menino, de cabeça inclinada para a mala do carro na esperança de que não me vissem. Depois lá enxuguei o nariz à manga
nunca perdi o hábito de enxugar o nariz à manga
engoli-me a mim mesmo e vim-me embora. Sempre que me sento no teu carro lembro-me de ti. Também me lembro quando não me sento no carro mas sempre que me sento no carro lembro-me de ti. De ti e de Malanje onde começaste a ser, e as mangueiras tremem-me no interior do sangue.
Mas é da tua mão que eu preciso agora. Há momentos em que me farto de ser homem: tudo tão pesado, tão estranho, tão difícil. Eu vou tendo paciência e no entanto, às vezes as coi­sas magoam, há ideias que entram na gente como espinhos. Não se podem tirar com uma pinça: ficam lá. É então que a cara prin­cipia a estragar-se e a gente
dizem
envelhece. Necessito de muito pouca coisa hoje em dia: uns livros, o meu trabalho de escrever, amigos que se estreitam com o tempo, alguns deixados para trás, não sei onde. A minha avó dizia que fui a pessoa por quem chorava mais. Nunca acre­ditei. Era autoritária, mimada, sedutora: tratava-me tão bem! Jogávamos a ver qual de nós dois conquistava o outro: andáva­mos mais ou menos empatados
(sabes como detesto perder)
e nisto ela morreu. Recordo-me de sair de sua casa e vir à cervejaria comer. Ainda não tinha tempo de sentir-lhe a ausên­cia. Pedi o jornal desportivo ao empregado. Ao voltar para cima achei-a vestida sobre a cama.
Agora é novembro, tenho frio, ando às voltas com um romance de que não estou a gostar. Nunca estou a gostar do que escrevo, acho aquele em que trabalho o mais difícil, acho que as palavras me derrotam. Frases puxadas como pedras de um poço que não vejo. Banalidades que me indignam por estarem tão longe do que quero. Capítulos que me fogem, o plano da his­tória dinamitado pelos caprichos da minha mão, que não faz o que pretendo: escapa-se sempre, inventa, tenho de apanhá-la a meio de um período inverosímil. Talvez seja por isso que preciso da tua. Ou não por isso: não bebo e no entanto há alturas em que me sinto tão só que é quase o mesmo. E sem essa solidão não me é possível escrever. O meu amigo a quem morreu a filha chama-se José Francisco. Quando sorri os cantos da boca parecem levantar voo. Faz-me bem. Gostava de sorrir assim. Experimentei ao espelho e não é igual. Quer dizer, a boca curvou-se mas os olhos ficaram fixos, duros. Deixei de sorrir e enchi a cara de espuma da barba, até ser apenas nariz e olhos. Então sorri outra vez e os olhos acharam graça e mudaram. Os meus olhos sérios olhavam para os meus olhos divertidos. Pisquei o esquerdo e o espelho piscou o direito. Lavei a cara, apaguei a luz, saí. Por um segundo veio-me a sensação de caminhar em Malanje. Aquele cheiro da terra, demorado, opaco, violento. E pronto, é tarde. Em chegando ao fim da página aca­bou-se. Ponho a tampa na caneta, os cotovelos na mesa e fico a observar a parede. Nem vou reler isto, mando tal e qual. Prefiro observar a parede, deixar-me impregnar devagarinho pela essên­cia das coisas. Esta cadeira, aquele móvel, uma manchinha de cinza no chão, as minhas mãos geladas de frio a acabarem esta crónica. Se calhar amanhã telefono-te. Ou regresso ao romance na teimosia dos cães. Penso: nem que deixe a pele nele hei-de conseguir acabá-lo. Comecei-o no princípio de outubro, falta muito. Alinho os papéis, ponho tudo em ordem para a escrita. Nem que deixe a pele nele hei-de conseguir acabá-lo. Leio a última frase, continuo. Só por um bocadinho de nada, antes que continue, importas-te de tirar as batas do carro? Importas-te de me dar a mão?


[António Lobo Antunes], in “Segundo Livro de Crónicas”
 
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